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BarDeus

BARDEUS

Marcos 10: 46-52

Todos nós conhecemos essa história. Jesus curou um mendigo cego que precisava realmente de uma mudança em sua vida. Historiadores dizem que Timeu, pai de Bartimeu (Bar prefixo que indica “filho de”) era um general do exército israelita que servia em Betel. Ele se aposentou, mas depois que o domínio do Império Romano aconteceu este teve seus bens confiscados e o valor de sua aposentadoria tirada.

Timeu então se transforma em um homem revoltado e lidera várias manifestações contra o império a fim de desestabilizá-lo. Ele foi perseguido, preso e morto crucificado por causa disso. Quanto a Bartimeu, mandaram arrancar-lhes os olhos após a morte de seu pai para evitar que se tornasse um revoltoso ainda mais perigoso do que ele.

Temos algumas observações pertinentes a fazer aqui: Primeiro que Bartimeu sofria por algo que não pôde escolher, ele não podia escolher quem seria seu pai, então ele naturalmente sofreria as conseqüências de ter um pai que seria uma oposição à Roma. Quantos de nós ainda hoje passamos por sofrimentos e perseguições decorrentes da nossa entrega de vida a Deus, nosso Pai? Mas a Palavra fala em Tiago; 1:2-4 que devemos nos alegrar nas provações, a fim de que sejamos maduros e íntegros. Não escolhemos a Deus, mas Ele nos escolheu e enviou seu Filho a esse mundo para trazer a espada, para se opor ao domínio do mundo e nos direcionar a viver numa busca constante pela santidade.

Outra coisa é que ele não se calou diante dos opositores. Imagine se o cego pararia de clamar pela única oportunidade de ser curado? Ele chamou a atenção de Jesus mesmo estando o mestre rodeado de uma grande multidão. Qual é a nossa desculpa para não chamar-lhe a atenção tendo nós os olhos abertos?

Por fim, Jesus o curou das feridas do mundo. Quantos de nós chegamos à presença de Cristo feridos pela religiosidade, pelas decepções, pelas surras que levamos no mundo e ali Ele cuidou de nós e nos sarou? Enquanto não conseguíamos OUVIR Jesus, continuávamos cegos, órfãos, pobres, sujos e com uma capa de miséria espiritual, mas ao nos direcionarmos a Ele somos alcançados por essa experiência poderosa de sermos seus seguidores. Bartimeu agora estava curado do seu passado e podia seguir a Jesus!

Você decide. Continuar sendo um cego, ou passar a ser chamado de Filho de Deus. “BarDeus”.

 

Gil Morais, 28 anos, filho do Deus Altíssimo, escritor, integrante da rede de jovens da Comunidade Família da Graça, Salvador-BA

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O fim é só o começo

O FIM É SÓ O COMEÇO

Por Gil Morais

Quero falar hoje sobre esse tema em duas situações. Primeiro no fim do governo da nossa vida por nossas próprias mãos, no fim do domínio da nossa carne e das nossas decisões por nós mesmos, o fim de uma vida independente, para o início do reino de Deus sobre nós. Era isso que Jesus estava querendo dizer quando disse a Nicodemos que ele precisava nascer de novo. Nascer de novo representa deixar de viver para mim mesmo, deixar minhas vontades e viver os paradoxos que me são apresentados por Cristo como diminuir para crescer, ser o último para ser o primeiro, perder para ganhar…

A outra visão que tenho sobre isso envolve a eternidade. Estive num movimento de evangelismo no carnaval de Salvador – BA e pude perceber que, embora precisem de Jesus e reconheçam isso, algumas pessoas preferiam viver o momento de prazer que lhes era proporcionado na “festa da carne”. Pude questionar a várias delas se valeria a pena viver aqueles momentos de prazer e perder a eternidade com Cristo. Todos ficaram sem palavras.

Pareci duro na pergunta? O que dizer então do sermão “Pecadores nas mãos de um Deus irado” de Jonathan Edwards, através do qual, milhares de pessoas em todo o mundo arrependeram-se de sua vida hostil e a deixaram para viver com Cristo? O propósito de Deus é nos ter na eternidade e isso passa pelo cumprimento do tema desse texto que você está lendo agora. O fato é que todos nós sabemos que precisamos de arrependimento para que o desejo de Deus seja cumprido, por isso ficamos “sem palavras”.

Paulo sabia disso. Ohh quão convicto era o apóstolo de Cristo quando disse “O viver para mim é Cristo, morrer para mim é lucro” (Filipenses 1. 21). Quanta certeza na eternidade com o Pai das luzes tinha o Dr. Russel Shedd quando poucos dias antes da sua morte disse: “Estou passando por um sofrimento que nunca passei antes e essa é uma experiência muito boa, por que nos sentimos ‘desmamando’ do mundo e prontos para subir.”

O encontro com Jesus e sua obra de conversão nos dá a certeza de que a vida é eterna e que certamente estaremos com Ele para sempre. O encontro verdadeiro com Cristo nos deixa numa situação de constrangimento por que o seu amor nos deixa sem resposta quando confrontados nos nossos erros. Para que um ciclo de vida com Deus realmente comece, precisamos entender que outras coisas precisam chegar ao fim e isso ocorre num processo feito pelo Espírito Santo que convence e por nós que decidimos permitir que Ele realize sua obra.

O fim é só o começo.

Onde você começará sua eternidade depois do fim?

Gil Morais, 28 anos, filho do Deus Altíssimo, escritor, integrante da rede de jovens da Comunidade Família da Graça, Salvador-BA.