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O Propósito do Poder do Pentecostes

O Propósito do Poder do Pentecostes

Por Gil Morais

 

ATOS; 1: 1-5 / ATOS; 2: 1-18

Comemoramos recentemente o dia do pentecostes.

Pentecostes tem a ver com o número 5 (penta), 50 dias após a páscoa (festa das semanas, ou festa da colheita). Nesse dia o Espírito de Deus desceu a aproximadamente cento e vinte irmãos que estavam reunidos no cenáculo. Foi assim que a Igreja nasceu, debaixo de um mover poderoso da glória de Deus.

Em Belém no acontecimento do nascimento de Jesus Deus demonstra estar conosco, no Calvário a entrega de Jesus demonstra Deus por nós, no Pentecostes percebemos Deus em nós!

Há três pontos sobre pentecostes que precisamos entender. O primeiro é sobre a promessa de que isso aconteceria.

A promessa do pentecostes não é para um dia especial, um evento especial e para pessoas especiais, não foi apenas para o início da Igreja, não necessita de um ritual. A promessa do Espírito Santo é para todos que querem ir além no arrependimento e na fé, é para todos os cristãos (LUCAS; 24: 49).

Todas as pessoas salvas tem o Espírito Santo, mas, além disso, devem ser cheias dEle.

O segundo ponto é sobre o propósito do pentecostes. Deus sempre faz o que é necessário, Ele não faz nada sem objetivo. A festa do pentecostes foi dada aos judeus para ser uma festa de colheita, portanto, ser uma Igreja pentecostal, ou um crente pentecostal é muito mais do que aprendemos nos dias de hoje, é entender o propósito do Espírito Santo na nossa vida e esse propósito está ligado à colheita, à colheita de vidas.

Vemos o derramamento do Espírito no contexto da colheita em JOEL; 2: 23-25, em que Deus está mandando a chuva temporã que preparava o solo para o plantio e a chuva serôdia que preparava o fruto para a colheita.

É hora de colher, é tempo de trabalharmos na seara do Senhor. Os corações estão preparados, Ele não nos deu o Espírito Santo para estarmos paralisados, sentados, enquanto pessoas estão perdidas fora da sua presença.

Precisamos entender também o poder do pentecostes. Fomos chamados para sermos testemunhas e precisamos ter cuidado para que o Espírito não se afaste de nós. Oh quanta tristeza para um homem quando isso acontece, a prova está em JUÍZES; 16: 20-21, quando Sansão, ao acordar, ainda não sabia que o Espírito Santo tinha se retirado dele. Ele ficou cego, foi acorrentado e humilhado, foi levado para trabalhar como escravo. Essas são as características de um homem que se afasta o Espírito de Deus.

Quando Deus quis presentear o mundo Ele deu o seu Filho. Quando Deus quis presentear a Igreja Ele deu o seu Espírito Santo.

Podemos então chegar à conclusão que receber Jesus nos dá o poder para nos tornar filhos e receber o Espírito Santo nos dá o poder para testemunhar acerca do Filho.

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Graça de graça para todos

Graça de graça para todos

Por Gil Morais

Se lermos a história de Jonas de forma leviana, concluiremos que o Deus do profeta injusto por deixá-lo passar por tudo aquilo que passou, desde a tempestade até o momento em que pregou em Nínive depois do seu arrependimento. No entanto, essa pequena história nos mostra o contrário, nos surpreende com o imensurável amor de Deus por todos os povos.

Primeiro por Nínive que era uma cidade cheia de crueldade, soberba, idolatria e homens sanguinários, eles não se importavam com o povo de Deus. O Senhor amava aquele povo e por isso enviaria um servo seu para levar o povo ao arrependimento.

Mas vamos deixar Nínive e falar sobre Társis, o lugar para onde o profeta tentou fugir da vontade de Deus. Não há muitas informações sobre essa cidade, no entanto há revelações profundas sobre a vontade de Deus para aquele povo.

O livro de Jonas cap 1 no vs 5 fala que os marinheiros, embora experientes no mar, ficaram tão desesperados a ponto de fazer orações aos seus deuses. No vs 16 a Bíblia nos mostra que eles agora estavam oferecendo sacrifícios ao verdadeiro Deus e fazendo votos ao Senhor.

Ora, o que aconteceu nesse pequeno intervalo? Um homem fugia de Deus, uma tempestade acontecia por causa disso e os marinheiros foram salvos ali no meio do furioso mar.

Amados, aqui temos uma grande lição. Muitas vezes situações ruins podem ocorrer na vida das pessoas e elas precisam encontrar em nós uma “luz no fim do túnel”, não perceberemos isso se estivermos dormindo enquanto isso acontece. Jonas dormia.

Ao jogarem Jonas no mar os marinheiros viram a tempestade cessar, voltou a calmaria, então eles temeram ao Senhor e o adoraram.

O que aqueles homens diriam ao chegar no porto de Társis? Que experiência poderosa aqueles marinheiros tiveram, mesmo sem a ajuda de Jonas que era o causador de tudo aquilo. Aqui Deus é o herói da história, não o profeta.

Duvido muito que aqueles homens não ficaram ansiosos para chegar em Társis e falar ao povo tudo o que lhes tinha acontecido, de como Deus os havia livrado e acalmado o mar furioso, de como haviam passado a acreditar nesse poderoso Deus.

“Todo cristão é um missionário, ou um impostor”, disse Spurgeon. Em qual grupo de pessoas você se enquadra hoje? Somos um dos marinheiros que chegam proclamando o que Deus fizera com eles, ou somos Jonas que fugimos da vontade do Pai?

O fato é que Deus amava tanto a Nínive quanto a Társis e providenciou uma forma de salvar pessoas nos dois locais. Nosso Deus é compassivo, Ele salva pessoas que nós nunca salvaríamos, alcança vidas que para nós não merecem sua bondade. A graça de Deus é incompreensível, ela alcança o homem mais pobre e mais destituído, o menos merecedor e menos ético.

Mas de onde Deus nos tirou? Não teria sido do mesmo mundo onde estão hoje as prostitutas os estupradores, drogados, mendigos, os homens violentos e odiosos?

Não foi nas mesmas garras onde estão essas pessoas que estivemos parte de nossa vida até que fossemos alcançados pela graça de Deus?

Alguém entendeu o propósito de salvação de foi um missionário na nossa vida. Seja um missionário na vida de alguém.

O mais marginal é o que a graça mais quer abraçar, de graça.

 

Gil Morais, 28 anos, filho do Deus Altíssimo, escritor, integrante da rede de jovens da Comunidade Família da Graça, Salvador-BA

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Injustamente Criminoso

INJUSTAMENTE CRIMINOSO

MATEUS 27:20-26

Todos nós temos conhecimento de que quando Cristo foi preso, alguém cuja condenação deveria ser imputada com justiça foi liberado de sua sentença. Alguns aspectos sobre aquele criminoso nos é importante lembrar. Barrabás do aramaico Bar Abbas significa “filho de um pai”, ele tinha um bom nome.

Nosso nome, roupas caras, condição social ou bondade não nos livra da sentença de morte através do pecado, apenas o sangue e entrega de Cristo e a certeza desse ato em nosso favor pode nos livrar da morte e nos conduzir num caminho de vida.

Em Mateus; 3:7-9 vemos o chamado ao arrependimento e João deixa bem claro que o pretexto utilizado de que eram filhos de Abraão não os isentava desse chamado, portanto não podemos nos esconder em nomes ou em pessoas, isso não vai nos levar ao céu, arrependimento sim!

Outra coisa a se pensar é que Barrabás foi escolhido pelo povo. Fico imaginando como Jesus amava aquele povo e queria estabelecer uma relação com eles através de sua morte, colocado em comparação com um criminoso que sem nenhum arrependimento (a Bíblia não nos mostra isso) seria liberto.

Mas Cristo foi calado, com toda humildade e amor cumprir sua missão de salvar aqueles que o penduraram na cruz.

Por fim, o sacrifício do Filho de Deus nos mostra que Ele tomou o lugar de Barrabás, que era criminoso e tinha motivos para ser crucificado, Jesus não!

Cristo, chamado injustamente de criminoso, morreu para levar algo que não era seu, os nossos pecados. Barrabás viveu levando algo que não era seu, era salteador, mas Jesus veio tomar o seu lugar na cruz e morrer também por ele e isso demonstra o seu amor.

Podemos então nos identificar com aquele homem, não por assassinatos cometidos, mas por pecados que nos dariam a condenação de Cruz, no entanto Cristo ocupou esse lugar por nós.

A cruz é um sacrifício substitutivo. Cristo morreu por nossos pecados, em nosso lugar, levando sobre si a nossa culpa, Ele foi um criminoso, injustamente.

 

Gil Morais, 28 anos, filho do Deus Altíssimo, escritor, integrante da rede de jovens da Comunidade Família da Graça, Salvador-BA

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BarDeus

BARDEUS

Marcos 10: 46-52

Todos nós conhecemos essa história. Jesus curou um mendigo cego que precisava realmente de uma mudança em sua vida. Historiadores dizem que Timeu, pai de Bartimeu (Bar prefixo que indica “filho de”) era um general do exército israelita que servia em Betel. Ele se aposentou, mas depois que o domínio do Império Romano aconteceu este teve seus bens confiscados e o valor de sua aposentadoria tirada.

Timeu então se transforma em um homem revoltado e lidera várias manifestações contra o império a fim de desestabilizá-lo. Ele foi perseguido, preso e morto crucificado por causa disso. Quanto a Bartimeu, mandaram arrancar-lhes os olhos após a morte de seu pai para evitar que se tornasse um revoltoso ainda mais perigoso do que ele.

Temos algumas observações pertinentes a fazer aqui: Primeiro que Bartimeu sofria por algo que não pôde escolher, ele não podia escolher quem seria seu pai, então ele naturalmente sofreria as conseqüências de ter um pai que seria uma oposição à Roma. Quantos de nós ainda hoje passamos por sofrimentos e perseguições decorrentes da nossa entrega de vida a Deus, nosso Pai? Mas a Palavra fala em Tiago; 1:2-4 que devemos nos alegrar nas provações, a fim de que sejamos maduros e íntegros. Não escolhemos a Deus, mas Ele nos escolheu e enviou seu Filho a esse mundo para trazer a espada, para se opor ao domínio do mundo e nos direcionar a viver numa busca constante pela santidade.

Outra coisa é que ele não se calou diante dos opositores. Imagine se o cego pararia de clamar pela única oportunidade de ser curado? Ele chamou a atenção de Jesus mesmo estando o mestre rodeado de uma grande multidão. Qual é a nossa desculpa para não chamar-lhe a atenção tendo nós os olhos abertos?

Por fim, Jesus o curou das feridas do mundo. Quantos de nós chegamos à presença de Cristo feridos pela religiosidade, pelas decepções, pelas surras que levamos no mundo e ali Ele cuidou de nós e nos sarou? Enquanto não conseguíamos OUVIR Jesus, continuávamos cegos, órfãos, pobres, sujos e com uma capa de miséria espiritual, mas ao nos direcionarmos a Ele somos alcançados por essa experiência poderosa de sermos seus seguidores. Bartimeu agora estava curado do seu passado e podia seguir a Jesus!

Você decide. Continuar sendo um cego, ou passar a ser chamado de Filho de Deus. “BarDeus”.

 

Gil Morais, 28 anos, filho do Deus Altíssimo, escritor, integrante da rede de jovens da Comunidade Família da Graça, Salvador-BA

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O fim é só o começo

O FIM É SÓ O COMEÇO

Por Gil Morais

Quero falar hoje sobre esse tema em duas situações. Primeiro no fim do governo da nossa vida por nossas próprias mãos, no fim do domínio da nossa carne e das nossas decisões por nós mesmos, o fim de uma vida independente, para o início do reino de Deus sobre nós. Era isso que Jesus estava querendo dizer quando disse a Nicodemos que ele precisava nascer de novo. Nascer de novo representa deixar de viver para mim mesmo, deixar minhas vontades e viver os paradoxos que me são apresentados por Cristo como diminuir para crescer, ser o último para ser o primeiro, perder para ganhar…

A outra visão que tenho sobre isso envolve a eternidade. Estive num movimento de evangelismo no carnaval de Salvador – BA e pude perceber que, embora precisem de Jesus e reconheçam isso, algumas pessoas preferiam viver o momento de prazer que lhes era proporcionado na “festa da carne”. Pude questionar a várias delas se valeria a pena viver aqueles momentos de prazer e perder a eternidade com Cristo. Todos ficaram sem palavras.

Pareci duro na pergunta? O que dizer então do sermão “Pecadores nas mãos de um Deus irado” de Jonathan Edwards, através do qual, milhares de pessoas em todo o mundo arrependeram-se de sua vida hostil e a deixaram para viver com Cristo? O propósito de Deus é nos ter na eternidade e isso passa pelo cumprimento do tema desse texto que você está lendo agora. O fato é que todos nós sabemos que precisamos de arrependimento para que o desejo de Deus seja cumprido, por isso ficamos “sem palavras”.

Paulo sabia disso. Ohh quão convicto era o apóstolo de Cristo quando disse “O viver para mim é Cristo, morrer para mim é lucro” (Filipenses 1. 21). Quanta certeza na eternidade com o Pai das luzes tinha o Dr. Russel Shedd quando poucos dias antes da sua morte disse: “Estou passando por um sofrimento que nunca passei antes e essa é uma experiência muito boa, por que nos sentimos ‘desmamando’ do mundo e prontos para subir.”

O encontro com Jesus e sua obra de conversão nos dá a certeza de que a vida é eterna e que certamente estaremos com Ele para sempre. O encontro verdadeiro com Cristo nos deixa numa situação de constrangimento por que o seu amor nos deixa sem resposta quando confrontados nos nossos erros. Para que um ciclo de vida com Deus realmente comece, precisamos entender que outras coisas precisam chegar ao fim e isso ocorre num processo feito pelo Espírito Santo que convence e por nós que decidimos permitir que Ele realize sua obra.

O fim é só o começo.

Onde você começará sua eternidade depois do fim?

Gil Morais, 28 anos, filho do Deus Altíssimo, escritor, integrante da rede de jovens da Comunidade Família da Graça, Salvador-BA.

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O ladrão e a Redenção

O LADRÃO E A REDENÇÃO
Lucas; 23: 40-43

 

Todos nós temos conhecimento de que dois ladrões foram crucificados ao lado de Cristo. Quero me ater a apenas um deles, o que se arrependeu e pediu ao Filho de Deus que se lembrasse dele no seu reino e no mesmo momento Jesus lhe respondeu que ele estaria no seu paraíso.

Por muitas vezes somos questionados no nosso interior sobre a certeza do perdão de Deus e essa é uma arma muito utilizada pelo inimigo para nos afastar do centro da vontade do Pai. Se analisarmos a nossa vida, concluiremos que todas as vezes que pecamos somos levados a uma acusação que corrói toda a nossa fé e esperança de mudança, principalmente nós jovens que sempre estamos sendo tentados em várias áreas, enquanto simultaneamente estamos sendo cobrados por nossos pais e até pela sociedade uma postura diferenciada.

Primeiro precisamos entender que Deus não compactua com os nossos pecados, Ele não concorda com nossos erros, odeia nossas falhas, mas nos ama. Desde a queda do homem Ele está tentando reaver a comunhão que tanto desejou ter conosco, levantou pessoas para serem juízes e libertar o povo de Israel da escravidão que vinha como conseqüência de cada recaída na idolatria, levantou profetas, enviou Jesus e até hoje tem se mostrado aberto para a reconciliação. Nosso Deus é um Deus de amor e isso é imutável, faz parte de sua essência e caráter.

Outra coisa que precisamos entender é que a graça divina não pode ser usada para justificar nosso erro, este ato é o que Dietrich Bonhoeffer em seu livro Discipulado chama de “graça barata”, o ato de justificar o pecado e não o pecador. Embora Cristo tenha morrido pelos pecados do homem, isso não justifica uma vida desregrada e sem nenhuma ligação com a santidade que Ele deseja que tenhamos.

Por fim, a redenção está ao alcance de todos aqueles que, como aquele ladrão, se arrependem e aproveitam a nova chance que Deus os dá. Trata-se de uma decisão firme e radical contra o pecado e uma busca por algo maior, a eternidade ao lado de Cristo. Trata-se de mudança de mente e de atitude.

Quero, portanto, encorajá-lo a aceitar o perdão de Deus, Ele não entregou seu filho aos homens para que hoje tivéssemos que carregar um peso por causa das acusações do nosso inimigo. A redenção está ao seu alcance, mesmo que você não esteja numa cruz ao lado do Filho de Deus.

Foi pelo ladrão, foi por mim, foi por você.

Foi por amor.

Redenção.

 

Gil Morais, 28 anos, filho do Deus Altíssimo, escritor, integrante da rede de jovens da Comunidade Família da Graça, Salvador – BA